Bolshoi Brasil estreia Balé 432
No dia 18 de novembro, a Escola Bolshoi estreia o Balé 432. Um trabalho coreográfico de dois atos, que retrata a chegada da Pandemia em 2020 e o seu desenvolvimento. A estreia acontece no Teatro Juarez Machado, em duas sessões, às 19h e 20h30. O evento é presencial e os ingressos podem ser adquiridos no site enjoyticket por R$40, e não haverá transmissão pelo YouTube.
Com a chegada da Pandemia, em 2020, o mundo parou. A agitação cotidiana, pressa, rotina já não tinham mais espaço. O medo se instalou e com ele as incertezas. Os artistas encontraram uma forma de levar arte para um público inquieto por meio das redes sociais. Nessa frente, quatro professores da Escola Bolshoi, ex-alunos, todos Joinvilenses, Ariate Costa, Bruna Lorrenzzetti, Maikon Golini e William Almeida, apoiados pelo diretor geral Pavel Kazarian, iniciaram o projeto coreográfico.
Os coreógrafos buscaram inspiração na frequência sonora 432hz e dessa forma, nesse momento em que o palco de muitos, eram as paredes de suas casas, inseriram no movimento dos bailarinos toda a expressão, desabafo, criação, comemoração e acima de tudo, esperança.
Cada coreógrafo pensou a sua criação no tempo atual, no que estavam sentindo, refletindo em questões vividas pela sociedade nesse período: loucura, angústia, medo, incertezas, raridade, reinvenção e vida.
“No 1º ato, momento da descoberta do coronavírus, coreografado em 2020, o contato físico é restrito, existe o desafio, o uso de máscaras, um estudo elaborado de outras epidemias. Já no 2º ato temos o contraponto, que já estamos vivendo outro momento, e o contato físico é mais perceptível, volta a compor a cena e agora existe a esperança, a vacina e quem sabe a cura”, explica Maikon Golini, coreógrafo.
Os coreógrafos convidaram profissionais como Cecília Kerche, Cícero Gomes, Julie Endo, Marcos Teófilo, Jovani Furlan, Olívia Pureza e a artista plástica Daniele Rieper que encabeçaram algumas conversas, inspiraram os bailarinos e contribuíram para a estética dos movimentos do balé. As máscaras, que atualmente fazem parte do nosso cotidiano, foram especialmente pensadas e estudas para esse trabalho. Esse adereço, vai muito além dos figurinos, elas fazem parte da composição do personagem em cena.
Uma obra atual, reflexiva e única que nos faz olhar para o passado e o futuro em busca de restaurar o equilíbrio da vida. Uma estreia para nos encher de esperança.